SIDNEY, 29 de mar de 2006 às 15:14
O Bispo de Daru-Kiunga, Dom Giles Côté, assinalou que extremistas muçulmanos indonésios e filipinos estão em Papúa Nova Guinpe para enfrentar o Movimento separatista de Libertação de Papúa (OPM)."O que sabemos indica que militantes da jihad estão aqui para fazer o trabalho sujo da polícia e os militares", precisou.Dom Côté informou ao jornal The Australian que os extremistas islâmicos estão chegando a Kiunga provenientes da Ilha Mindanau, ao sul das Filipinas; e de Sulawesi e outras ilhas ao norte do Indonésia. Do mesmo modo, expressou suas dúvidas quanto ao que assegura o Indonésia às autoridades australianas de não machucar os papúes que buscavam asilo, em sua viagem de volta para casa. "Estas pessoas têm medo de voltar. Temem que sejam presas ou que sofram coisas piores. Nossa informação indica que não é seguro que retornem", anotou.
O Prelado acredita que milhares de tropas indonésias se mobilizaram de Aceh –onde o Governo indonésio liquidou uma rebelião separatista no ano passado– a Papúa. "Estou preocupado porque logo poderíamos ter uma nova onda de refugiados que cruzem a fronteira para se proteger", advertiu.
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Por sua vez, Nick Chesterfield, organizador australiano da Campanha para Libertar a Papúa Nova Guiné, afirmou que as declarações de Dom Coté confirmam as reclamações do OPM em relação a que extremistas muçulmanos estão formando tropas para destruir o movimento independista em Papúa. Destacou também que os separatistas denunciaram que estas tropas de muçulmanos são as responsáveis pelas matanças ocorridas há algumas semanas em Timika.
A Austrália decidiu dar vistos temporários de proteção a 40 papúes que chegaram de bote a Cape York em Janeiro. Enquanto isso a Igreja ajuda seis mil pessoas que vivem em 17 campos de refugiados de Papúa Nova Guiné.